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#INVESTIMENTOS: COMO VOCÊ, UNIVERSITÁRIO, PODE INVESTIR?

Vida de universitário não é fácil. É cobrança em todo lugar, pilhas infinitas de textos pra ler, trabalhos acumulados, estágios, monitorias… Ter que conciliar tudo isso com uma vida social e oito horas diárias de sono fazem dessa rotina um verdadeiro desafio! E, por isso, muitos universitários não conseguem administrar bem sua vida financeira, o que pode gerar alguns problemas futuramente. 

A nossa primeira dica é: busque poupar algum dinheiro. É muito importante, mesmo que ganhe pouco, que você reserve uma parte do que ganha em uma poupança, seja pra te manter na universidade, pra garantir algo que você vai precisar futuramente ou pra planejar a sua formatura. Até porque, quanto mais cedo você começar a poupar, mais fácil será para construir um patrimônio. Parece impossível? Calma, que a gente te ajuda a descascar esse abacaxi!

Antes de falar de investimentos, o primeiro passo está em administrar e organizar as próprias finanças. Anote em um caderno ou coloque em uma planilha do Excel todos os seus gastos mensais. Veja para onde está indo a maior parte do seu dinheiro e quais as alternativas para gastar menos ao longo do mês. O ideal é que, além dos gastos fixos, como alimentação, transporte ou moradia (em alguns casos), o estudante possa guardar uma parte para investir em sua carreira. Quando você começa a reservar uma parte da sua renda para a poupança sem sufocos, é porque está na hora de investir!

#1. Caderneta de poupança

Essa ainda é a forma de investimento mais tradicional entre os brasileiros. A poupança é segura, prática, flexível e apresenta baixo risco. Basta abrir uma conta no banco de sua preferência e realizar os depósitos regulares – só não vale pensar em subtrair esse dinheiro toda vez que ver uma blusinha nova no shopping. 

Os rendimentos da poupança são mensais e calculados a partir da SELIC, a taxa básica de juros da economia brasileira. De modo geral, ela vem rendendo cerca de 0,4% ao mês. Ou seja, é um rendimento bem baixo. Por outro lado, se for necessário resgatar o dinheiro, não há problema nenhum: o titular pode sacá-lo quando quiser, sem nenhuma burocracia.

#2. Mercado de ações

Essa opção é pra quem gosta de correr mais riscos. Comprando ações, você consegue ser proprietário de, pelo menos, uma pequena parte de alguma organização de porte, sabia? Mas, calma que nem todo mundo consegue reunir mais de um milhão em patrimônio acumulado do dia para a noite. Apesar de grandes promessas de altos retornos, é preciso algum conhecimento de mercado antes de se lançar nesse tipo de investimento. Estude antes, leia bastante e, se for possível, procure alguém que entenda do assunto e possa tirar suas dúvidas. Você também pode contar com a ajuda de corretoras, que podem indicar quais os investimentos mais indicados para jovens acionistas. 

#3. Tesouro Direto

A compra de títulos do Tesouro Direto é uma das queridinhas do momento, mas, o que é isso? É um programa de venda de títulos públicos, papéis que o Governo Federal lança no mercado (por meio do Tesouro Nacional) para financiar suas atividades (como pagamento de despesas, investimentos em infraestrutura, etc.). São super acessíveis (com R$ 30,00, você já pode investir) e prometem um bom retorno, a depender de como anda a economia brasileira. Ao comprar um título do Tesouro Direto, você está se tornando credor do Estado Brasileiro, que promete devolver o dinheiro emprestado acrescido dos juros depois de um período estabelecido na hora da compra do papel. Antes de se decidir, pesquise as diferentes modalidades e procure seu banco ou uma corretora.

#4. Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Sabia que do mesmo jeito que você pode se tornar credor do Estado com o Tesouro Direto, é possível receber por emprestar dinheiro aos bancos com o CDB? 

Esse tipo de operação é feita diretamente com a instituição financeira e segue a lógica: quanto mais tempo você deixa o seu dinheiro emprestado, maior a rentabilidade. Os CDBs também são considerados bastante seguros, já que também são protegidos pelo FGC para investimentos de até 250 mil reais. O  problema é que essa modalidade recebe tributação do Imposto de Renda, com a cobrança feita de maneira regressiva. Assim, quanto menor for o prazo do investimento, maior será a carga de tributos cobrada pela Receita. O ideal, por isso, é investir no CDB pensando em ganhos de médio e longo prazo, a partir de dois anos.

#5. Letras de Crédito

Existem dois tipos de letras de crédito: imobiliário (LCI) e agronegócio (LCA). Ambos são títulos criados pelos bancos para financiar empréstimos dos setores imobiliário e agrícola, respectivamente. Além de ser de baixo risco, a letra de crédito imobiliário tem como garantia o próprio imóvel; já o crédito de agronegócio, a safra. Os dois são isentos de IR para pessoas físicas e também possuem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito.

#6. Fundos  e clubes de investimento

Os fundos possibilitam que pessoas se unam e adquiram cotas com o intuito de investir em diversas áreas do mercado financeiro. As estratégias de investimento são conduzidas por um administrador, que é remunerado por seu trabalho e pelo desempenho do fundo, obrigando os investidores a arcarem com a chamada taxa de performance.

Os clubes de investimento funcionam de maneira parecida. A diferença é que o grupo é composto por pessoas físicas com alguma proximidade, como amigos que juntam dinheiro para investir em títulos de qualquer natureza. O grupo reunido precisa procurar uma corretora, que vai ajudar na definição de valores, quais os tipos de investimento serão feitos e as demais regras do grupo. Esses clubes são considerados uma boa forma do pequeno investidor ir se acostumando com as regras do mercado financeiro, já que os integrantes têm mais poder de atuação do que em um fundo de investimento.

#7. Previdência privada

Com tantas mudanças na legislação da previdência, fica difícil garantir que você será suprido pelo Estado no futuro. Por isso, é muito importante que você comece a pensar na aposentadoria desde cedo. Diferentemente da previdência pública, com a previdência privada é possível escolher quanto você deseja contribuir e qual a frequência. Além disso, o valor investido nesses planos pode ser resgatado caso haja desistência da aplicação.

Existem duas principais modalidades de previdência privada: o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Para jovens investidores, o mais indicado é o VGBL, que só é tributado no momento do saque, de acordo com os rendimentos do plano. O VGBL também é ideal para quem faz a declaração de Imposto de Renda mais simples.

Com essas opções, já dá pra começar a pensar em investimento, não é mesmo? O mais importante é que você saiba aonde está colocando o seu dinheiro. Por isso, evite opções milagrosas e empresas duvidosas. A melhor alternativa ainda é investir nas modalidades tradicionais, que mesmo tendo um retorno mais baixo, apresentam um risco menor. Também vale ficar ligado no cenário político e econômico, acompanhar as mudanças de taxas e impostos e o que pode afetar a rentabilidade do seu investimento.